domingo, 26 de dezembro de 2010

LUAR DA MADRUGADA

LUAR DA MADRUGADA
Aparecido Donizetti Hernandez
26/Dezembro/2010 - 02h40


Hoje... Já é madrugada,
Ela não aparece
Co'a minha viola
Pra cantar nessa noite enluarada
Os versos que fiz pr'ela
Bem antes da alvorada.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

AUSÊNCIA DE OUTRORA

AUSÊNCIA DE OUTRORA
Aparecido Donizetti Hernandez
16/Dezembro/2010 - 23h15


Caminho pela estrada de areião...
Estrada de fofa areia branca.
Olho as suas margens...
Não vejo mais as verdes matas que a circundavam...
Matas que haviam na minha infância.

Caminho pela estrada de areião...
Nas suas margens não vejo mais os cafezais
Que a circundavam na minha adolescência.

Vejo em suas margens o verde,
Mas não mais o verde das matas
E dos cafezais com brancas flores.
Hoje, somente vejo o verde do canavial,
O vermelho de suas chamas
E o negro de sua fuligem.

Minha estrada de areião branca e fofa continua aqui...
Mas não mais feliz...
- Falta as matas e as flores brancas do cafezal -


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

TERRA MOLHADA

TERRA MOLHADA
Aparecido Donizetti Hernandez
08/Dezembro/2010 - 20h30

Olho d'água que aflora as puras águas do aquífero Guarani,
Olho d'água que em solo argiloso levanta pura areia branca,
Trazendo a pureza das águas nessa fonte de pureza.
Minhas sujas e suadas vestes são lavadas sobre a tábua lisa...
Tábua lisa onde escorre a terra vermelha com meu suor
Levados novamente ao aquífero Guarani.
Verei essas águas novamente purificando a terra que é meu jardim.





quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

VOOS RAZANTES

VOOS RAZANTES
Aparecido Donizetti Hernandez
08/Dezembro/2010 - 17h06


Notívago como a coruja
Que dorme o dia com olhos abertos e atentos
E à noite sai a procurar...
- Voos razantes da ave de rapina que procura à noite ...

Vivo na noite, não na boêmia à procura de ti, de bar em bar,
Vivo na noite sempre à espreita de te encontrar...
Te encontrar nas madrugadas iluminadas de minha tela,
Te ver ao longe na proximidade da luz que te projeta...
Luz que transforma a distância em proximidade
De te ver e não poder te tocar.

Boêmia noite que me embriaga com seu sorriso e seu olhar,
Viajo à noite em voos razantes na imaginação de te tocar,
Me embriagando de seu sorriso e de seu olhar.

Vem o sol a iluminar ofuscando a luz que te projeta,
Te levando de novo à distância
Que somente a noite em notívaga boêmia
Trará de novo seu olhar


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

BRISA DE AMOR

BRISA DE AMOR
Aparecido Donizetti Hernandez
06/Dezembro/2010 - 20h00



Coração trancado, um castelo inexpugnável,
Não permitindo a entrada do amor.
Coração de janelas serradas - sem sol sem brisa.
"Feliz" coração na dor, sem amor.

Abri a janela do meu coração,
E como suave brisa você adentrou,
Transformando-se em furacão
E agitando todo meu corpo se instalou.

domingo, 5 de dezembro de 2010

SEMPRE EM MIM

SEMPRE EM MIM
Aparecido Donizetti Hernandez
02/Dezembro/2010 - 19h40


Encontro inevitável o destino nos preparou,
Encontro de vidas separadas pela distância...
Distância intransponível do compromisso
E da responsabilidade da vida.
Sentirei falta de seus afagos,
De suas meigas e carinhosas palavras...
- Palavras que ouvia e afagos que recebia por telepatia -
Sua voz irei sempre ouvir,
Sussurando e ecoando em meus ouvidos.
Seus afagos irei guardar em minha mente,
E minha pele sempre manterá seus suaves toques.
Minhas narinas manterá seu perfume.
No coração, guardarei saudades suas;
Na lembrança, seu sorriso.



ESCOLHAS


ESCOLHAS

Aparecido Donizetti Hernandez
02/Dezembro/2010 - 20h35




Escolho o céu estrelado e iluminado pela lua,
Invés à escuridão da noite.

Escolho o seu sorriso, quero seus beijos,
Invés à solidão e à saudade.

Escolho a incerteza de tê-la para sempre,
Invés à certeza de nunca tê-la.

Escolho teu possessivo ciúme,
Invés à tua indiferença.

Escolho minha intranquilidade junto a ti,
Invés à tranquilidade acomodada que senti sem ti.

Escolho ver as estrelas no infinito sem poder tocá-las,
Invés à escuridão do firmamento sem elas.

Escolho as atribulações da vida em busca da paz,
Invés à vida sem procuras.

Te escolho!